quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

MORTE


Ontem enquanto assistia a um programa jornalítico, do qual essa semana retratava o cotidiano e a dinâmica de uma área hospitalar: Tratamento Paliativo. Ou seja, é o esforço de médicos e enfermeiros em aliviar os últimos momentos do paciente terminal e também de auxiliar os familiares. Achei muito legal. Não pela sensibilidade, mas pela coragem dessas pessoas de lhe dar com a realidade da morte todos os dias, de conversar com um paciente pela manhã, e de tarde, não saber se ele estará ali novamente. Realmente muita coragam...

Em um momento retratou também o estágio da quase morte, a médica responsável por toda a equipe, explicou que em alguns casos, o paciente que se comunicava bem com todos, no dia seguinte deixa de conversar e parece estar com os olhos vidrados, ela explica que ele está na quase morte, que o paciente olha pra dentro de si, e mais dentro e profundo, até que se vai.

Não vou negar que me emocionei, e que em alguns trechos da matéria até derramei algumas lágrimas, talvez por pena, talvez por saber que um dia todos morrem, talvez por ter em minha vida passado por alguns momentos de perda...

Na verdade não importa, o que quero deixar escrito é que apesar de ser cristã e ter certeza da minha salvação, ainda temo o que vai acontecer. Passar por algo que não consigo nem imaginar e não ter ninguém pra me dar uma idéia do que é... soa assustador...

Um comentário:

Denis Lee disse...

Acredito que toda a insegurança e incompletude é parte inerente ao ser humano. Não só isso, porém estou convencido que seja vantajoso possuir essas características, por mais paradoxal que seja essa realidade. Afirmo isso, pois essa talvez seja a pedra angular para incitar a nossa dependência com Deus. Assim como não podemos dizer categoricamente que a salvação é apenas a afirmação de simples palavras (e.g., “eu aceito Jesus”), mas é um processo contínuo e que deve perpetuar durante toda a nossa vida. Paulatinamente ganhando mais intimidade com Deus e sendo moldado por Ele.